terça-feira, 20 de outubro de 2009

Embebido de Verbo

Pintura - Jean Basquiat

Hoje existi como quem habita um poema do Rimbaud. Encharcado de vinho e liberdade. Embebido de verbo. Sua poesia entardeceu meus olhos. Sua poesia tingiu de crepúsculo o meu olhar. Nomeio meus poemas para fingir intimidade.
O que escrevo é o que me escapa, o que me transborda, o que me inunda. Meu desconhecido me envaidece, me faz poeta.
Hoje acordei com cheiro de palavras nas mãos. Com a alma tatuada de verbo, com a elegância do silêncio da voz.
Hoje algum poema me residiu.

Agora, deixou-me para o sono das palavras.

Alessandro Palmeira

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