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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Festival da Palavra em Garanhuns

Paralelamente ao Festival de Inverno de Garanhuns acontecerá o Festival da Palavra, com programação rica, que bamboleia do popular ao cult, do abstrato ao concreto, da fama ao esquecimento.

Site do Festival da Palavra

Blog comandado por Helder Herik, Wagner Marques e Mariane Bigio, com novidades sobre o Festival, videos e entrevistas com escritores e leitores. O público pode participar de sorteios diários de livros.

Disk Literatura – Poesia Delivery

O público pode solicitar pelo Disk Literatura recitais em suas casas. Um serviço gratuito levará os poetas para os destinos solicitados.

Poesia no Beco

O beco da Academia de Letras de Garanhuns receberá painéis para que os poetas deixem seus poemas. Cada página do painel será transformada em páginas digitais de um livro que será publicado e atualizado durante todo o festival aqui no blog da palavra.

A palavra perfeita

15 de julho (sexta-feira)

15h às 16hPALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia no beco – Abertura da intervenção poética e grafitagem com os escritores participantes do Festival da Palavra, com a participação do acadêmico e presidente da Academia de Letras de Garanhuns, João Marques.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

17h – às 18h – PALAVRA NO PALCO – Recital Cantos (DI) Versos – Com Chico Pedrosa, Marcos Passos, Marconi Melo, Adiel Luna e Tiago Martins.

LOCAL: Palco da Cultura Popular

19h às 20h - BERLINDA PALAVRA – Crime é o amar - Marcelino Freire conversa com Artur Rogério sobre amor, literatura e outras mentiras. Mediação: Nivaldo Tenório.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

20h – LANÇANDO A PALAVRA - Marcelino Freire autografa seu livro “Amar é crime” e conversa com os leitores.

LOCAL: Bar Budega

16 de julho (sábado)

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Carroça do Encantado - Atores e músicos realizam intervenção poética urbana pelas ruas de Garanhuns

LOCAL: Centro

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra- Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Artur Rogério.

LOCAL: Bairro Boa Vista

16h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Carroça do Encantado - Atores e músicos realizam intervenção poética urbana pelas ruas de Garanhuns

LOCAL: Parque Euclides Dourado

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra - Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Boa Vista

19h às 20h - PALAVRA NO PALCO – Tríaderecital de poesia homoerótica. Com Raimundo Moraes e Klayton Cabral. (PÚBLICO ADULTO)

20h – PELEJA DA PALAVRA - Concurso de recitação em que o público é o júri. O vencedor fará uma participação especial no Caminhão da Cultura.

LOCAL: Bar Budega

17 de julho (domingo)

10h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra- Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Artur Rogério.

16h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

17h30 – PALAVRA NO PALCO – Vire a página – Recital com o Grupo Vozes Femininas.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

19h - LANÇANDO A PALAVRA – Silvana Menezes autografa seu livro “Vire a página” e conversa com os leitores.

LOCAL: Bar Budega

18 de julho (segunda-feira)

9h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Castainho

10h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Artur Rogério.

15h - PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Timbó

15h às 18hBERLINDA PALAVRACírculo de Leituras: Dois sertanejos na metrópole. Sidney Rocha conversa com Cícero Belmar. Mediação: Manuel Constantino.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

16h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

19 de julho (terça-feira)

9h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Jardim

10h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Artur Rogério.

LOCAL: Bairro Indiano

15h às 17h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Caluete

15h às 18hBERLINDA PALAVRA – Círculo de leituras: Senhores do destino. Raimundo Carrero conversa com Paulo Santos. Mediação: Manuel Constantino.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

16h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Indiano

20 de julho (quarta-feira)

9h às 11h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Estrela

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane e Malungo.

LOCAL: Bairro Cohab I

15h - PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Estivas

15h às 18h BERLINDA PALAVRA – Círculo de leituras. Literatura em voz alta – Ronaldo Correia de Brito conversa com Cida Pedrosa. Mediação: Manuel Constantino.

LOCAL: Academia de Letras de Garanhuns

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Cohab I

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Wagner Porto e Vitória Gabrielle.

LOCAL: Bairro Magano.

20h – LANÇANDO A PALAVRA - Cida Pedrosa autografa seu novo livro “Miúdos” e conversa com os leitores.

LOCAL: Bar Budega

21 de julho (quinta-feira)

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Malungo.

LOCAL: Bairro Cohab I

15h às 17h - PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – Poesia ao pé do ouvido – Intervenção poética em comunidades do programa Arca das Letras, com Silvana Menezes.

LOCAL: Estivas

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Wagner Porto e Vitória Gabrielle.

LOCAL: Bairro Boa Vista

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Cohab I

20hPALAVRA NO PALCO – Microfone aberto com poetas convidados e da região.

LOCAL: Bar Budega

22 de julho (sexta-feira)

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Malungo.

LOCAL: Bairro Magano

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Wagner Porto e Vitória Gabrielle.

LOCAL: Bairro Boa Vista

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Magano

17h às 18h – PALAVRA NO PALCO – Em cena cordel. Recital poético com os poetas Paulo André, Demétrio Rangel e Jerlane Silva.

LOCAL: Casarão dos Pontos de Cultura

19h às 20h - BERLINDA PALAVRA – Literatura, novas mídias e o livro-objeto. Homero Fonseca conversa com Karina Calado. Mediador: Aristóteles Bastos.

20hPALAVRA NO PALCO – Microfone aberto com poetas convidados e da região.

23 de julho (sábado)

23 de julho (sábado)

10h às 12h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Mariane Bigio e Malungo.

LOCAL: Bairro Magano

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Wagner Porto e Vitória Gabrielle.

LOCAL: Bairro Cohab I

16h às 18h – PALAVRA NO MEIO DO MUNDO – A gente da palavra – Poetas declamam seus poemas de porta em porta por Garanhuns. Com Valmir Jordão e Miró.

LOCAL: Bairro Magano

19h – PALAVRA NO PALCO – Pernambuco mulher fêmea, recital com o grupo Vozes Femininas.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PROGRAMAÇÃO DE LITERATURA DO SESC NO FESTIVAL DE INVERNO

Marina Colassanti será uma das escritoras presentes

O tradicional Festival de Inverno de Garanhuns terá início na próxima semana e estará recheado de atrações para os amantes da literatura, cortesia do Sesc Garanhuns. Veja a programação abaixo.

Dia: 16

Hora: 16h

Mesa: Olhares sobre Lilith – Interface entre literatura e cinema

Conversa com Alice Gouveia, Cida Pedrosa e Tuca Siqueira.

- Presença das 22 diretoras cineastas participantes do projeto

- Participação especial do escritor Marcelino Freire (PE/SP)

Dia: 17

Hora: 16h

Lançamento do Prêmio Sesc de Literatura 2011

Convidados: Mário Rodrigues (Garanhuns-PE), Menção Honrosa do Prêmio em 2009 e Flávia Tebaldi Queiroz (RJ) Técnica de Literatura do Departamento Nacional do Sesc. Participação especial dos vencedores do Prêmio 2010, Arthur Martins Cecim (PA) e Luisa Geisler (RS).

Provocação de José Manoel Sobrinho coordenador de Cultura do Departamento Regional do Sesc-PE

Dia: 21

Hora: 16h30

Leitura de escritor com Ésio Rafael, Jorge Filó, Sandoval Ferreira e Chico Pedrosa

Provocação de Edison Roberto

Dia: 22

Hora: 16h

Conversa com Bráulio Tavares (PB / RJ) e Oliveira de Panelas (PE)

Dia: 23

Hora: 15h30

Recital com o grupo Vozes Femininas (PE)

Hora: 16h

Conversa com Marina Colassanti (RJ) e Luzilá Gonçalves (PE)

terça-feira, 17 de maio de 2011

São Pecador Lançado em Garanhuns

Na próxima quinta-feira (19), a partir das 20h, estará sendo lançado no Sesc Garanhuns, através do Laboratório de Autoria Literária Luzinette Laporte, o livro O Evangelho de São Pecador, de autoria do escritor Amâncio Siqueira.

O evento acontecerá no Salão de Eventos do Sesc, e contará com a participação do violonista Francis Ferreira.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Mulher Perdigueira e os ciúmes de Carpinejar



Há pouco estivemos numa conversa com Carpinejar, sobre o seu livro de crônicas Mulher Perdigueira, que vai já na segunda edição. O bate-papo aconteceu na livraria FNAC de Porto Alegre. O escritor gaúcho tem uma estratégia eficiente para disfarçar a timidez: trajando calça apertada vermelha, blusa multicolorida, óculos gigantescamente vermelhos e uma mochila preta, combinando com as unhas da mão esquerda, avisa a todo mundo que está na área.
Na crônica que dá título ao livro o autor faz uma defesa dos ciúmes e da possessividade. Em todos os textos há um tom confessional, não para remissão de pecados, e sim de memórias ou desabafos de mesa de botequim. Não falta o riso, mesmo a gargalhada da embriaguez. O mesmo tom foi dado ao bate-papo, como o ouvinte poderá acompanhar no vídeo (peço que preste atenção apenas ao áudio, já que as poucas fotos são em má qualidade, o que ajuda a esconder a feiura dos personagens). Nada do rebuscamentos ou hierarquias de distanciamento. Em determinados momentos parecia até mesmo uma terapia em grupo sem psicologismos, tão íntimos ficaram todos. Um grupo de literaturólatras anônimos, com exceção de Fabrício.
Destaque para minha sobrinha, Mariana, que aos dezesseis meses já participou ativamente do debate, fazendo salutares questionamentos e arrancando a admirada atenção dos participantes, inclusive do próprio autor.
Entretanto, não se engane com a simplicidade das palavras de Carpinejar: há sempre uma poesia perdida nas entrelinhas, escorrendo pelas páginas, gotejando sobre o leitor.

Amâncio Siqueira

sexta-feira, 19 de março de 2010

Resposta de um pecador ao seu inquisidor



Em resposta ao amigo Socó Pombo, que foi extremamente generoso em sua crítica ao Evangelho de São Pecador, quero apenas salientar alguns pontos que não se encaixam na realidade do romance. Primeiramente, o personagem Ahmenops recebeu tal nome apenas porque não consegui em minhas pesquisas encontrar o nome do Cônsul do Egito na época em que se desenvolvem os fatos narrados.

Quero ainda deixar claro que não foi minha intenção esconder a autoria do livro, embora concorde plenamente que não sou o autor estritamente falando, tendo alterado deliberadamente meu estilo para dar maior verossimilhança à obra, e inclusive fico feliz de ter causado alguma confusão ao meu amigo, o que comprova que fui bem-sucedido na minha tarefa.

Sobre a influência de Dom Quixote nas escolhas de heterônimos e temas, devo afirmar que não houve, pelo simples fato de não ter lido Cervantes antes ou durante a escrita do Evangelho (concluí o romance aos 24 anos, e li Dom Quixote aos 26, embora não tenha deixado de notar algumas questões intertextuais bem assemelhadas – fazer o que, se tudo foi já escrito?). Minha escolha por um autor espanhol se deu por dois motivos básicos: primeiro: o brasileiro não valoriza autores nacionais e talvez, ao ver um livro de um autor “estrangeiro” na livraria, possa interessar-se. Segundo: a Espanha é um país em muito assemelhado à nossa América, inclusive em suas ditaduras tão próximas da Igreja Católica, e traçar paralelos entre o século II e o XX, com a Espanha, remeteria diretamente ao nosso próprio século XX, com suas ditaduras. Como se trata de obra filosófica, mostrar que pensamentos de dois mil anos ainda se encaixam na nossa realidade era um objeto, o qual também acredito ter alcançado, e se encaixa perfeitamente nas intenções do Movimento Lixista, que busca a total reciclagem do pensar e do fazer da nossa sociedade.

Para mostrar que não objetivo eximir-me da autoria de um livro polêmico, realizarei o lançamento do mesmo na Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira – PE, às 20h, no dia 27 de março. Aqueles que quiserem me apedrejar já sabem onde estarei.

Segue o texto da orelha:

“Muito aprenderás para descobrires que de nada sabes.”

As palavras de Shiva marcarão as viagens de Tiago de Ariman em sua busca pelo amor, por Deus e por si mesmo. Transitando da aridez ao oásis do espírito, conhecerá a vastidão nem sempre bela do coração dos homens, numa jornada de auto-conhecimento para além do santo e do profano no ser humano, até o âmago do próprio homem. Uma peregrinação por terras distantes dará a medida do pó que nos faz vivos, a composição da vida que nos faz humanos, demasiado humanos.

Amor e ódio, vida e morte, fé e desesperança se encontram na sua história, não primariamente dualista, não religiosamente maniqueísta, não tese e antítese, mas síntese de um espírito que extrai do tormento o sentido para tornar-se superior. Uma jornada da queda à sublimidade. O descobrimento do Reino que está dentro de nós. Aprendemos nessa caminhada que a vida é luta, que a guerra é a melhor professora da paz. Que está em nossas mãos operar o milagre. O milagre nos envolve até nos sufocar.

Vagando entre povos, línguas e filosofias, descobriremos com Tiago que o grande tema e o grande propósito da vida não são o pecado ou a santidade, o bem ou o mal, mas o homem em sua pureza, misto de prazer e dor.

Aprenderemos com as filosofias e as religiões que o amor é a grande sabedoria, que o homem é a grande fé.

Contudo, pode um único homem ser todo um povo, toda a humanidade? Descubra (descubra-se) no seu evangelho. Uma história de conhecimento e vontade. Um romance de força e beleza. Um poema de redenção.


Quem não puder estar presente poderá obter o livro nos seguintes links:

http://artexpressaeditora.com.br/produtos.asp?produto=100

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=7031978&sid=16422716512129759354805246&k5=BECE09C&uid=

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-139023050-o-evangelho-de-so-pecador-amncio-siqueira-_JM

http://www.quebarato.com.br/classificados/o-evangelho-de-sao-pecador-amancio-siqueira__9405414.html


Amâncio Siqueira

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Saudade: Fragmentos


Os bons poetas são dotados de ritmos próprios, que imprimem às suas sentenças uma musicalidade que faz dançarem as palavras. Há poetas, porém, que transcendem esta qualidade e não apenas dizem às palavras: Dançai, mas dançam com elas. Que aceitam o seu convite e dançam em seu próprio ritmo. Palavrentidades, verboviventes, palavrobjetos. Não objetos concretos, cortantes como a faca, duros como a pedra, como na composição cabraliana. Objetos sensíveis ao toque, maleáveis, quase abstratos de tão diáfanos. Palavras que bailam ao ar, escorrendo entre os dedos como areia da qual somos feitos.
Nesta categoria de poetas dançarinos, embebidos do ritmo das palavras, colocaria Carpinejar, Palmeira e a nova poetisa Izabel Goveia, que tem bailado em seus textos ao ritmo da insensatez do seu sentir, todo silêncio de palavras tecido.
A música que Goveia capta das palavras é, a despeito de toda sua carga de feminilidade, um balé infantil, de espontânea ludicidade, uma ciranda de palavras tristes. Como criança que brinca sozinha, embora as palavras sejam suas companheiras de brincadeira. Observa-se que não há nada fabricado com esforço, nada coagido, como profissão. São jogos espontâneos. Talvez por ser apenas brincadeira haja ainda poucos textos de Goveia, mas com grande valor literário.
Todavia, não são apenas ritmo as palavras que monologam seus diálogos ao ouvido da poetisa. São sentimento entranhado, caos encravado no peito. Palavras em fuga. Da alma e do papel. As palavras passam esvoaçantes diante de nossos olhos marejados, cada uma com personalidade própria. E são geniosas essas palavras que habitam Izabel. Não se deixam confundir, embora apreciem a confusão. Dotadas não apenas de vida, mas de asas, voam sob o luar choroso das emoções da poetisa.
O ser de Izabel Goveia é gaiola, na qual estão presos esses pássaros-emoção, que voam alegres quando os olhos da poeta se abrem em lágrimas e sorrisos. Lágrimas de liberdade. Sorrisos de poesia. Aves famintas de existir, loucas por voar a vida, esvoaçar suas nuances.
Um verdadeiro delírio de sentidos, tais aves emigram como nós, humanos incapazes de voar, dos plátanos do desejo ao deserto da saudade. São plenitude de vida. E vida é sofrimento. É dor o que nos mostra que ainda podemos, que ainda há passos na caminhada. Que ser é saudade. Sim, esses pássaros govenianos emigram, apenas para sentir no peito o agudo dolorir da saudade de seus lugares. São muitos os lugares, pois no peito da poetisa há uma enlaçada saudade de si mesma, este lugar-existir. Sua poesia é um fugir pra dentro.
Sim, as palavras de Goveia escorrem entre os dedos, porém sem gravidade: escorrem para o ar, flutuantes ao vento de seu sentir-saudade.
Cabe-nos apenas deliciar-nos com este vôo de emoção, esperando que Izabel Goveia abra mais vezes a gaiola do seu ser e liberte-se, bailando no ar junto de suas palavraves.

Amâncio Siqueira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Fragmentos de Saudades - Prefácio



A poetisa afogadense Izabel Goveia faz melodia do próprio silêncio e, da solidão, a melhor companhia. Hipnóticos e arrebatadores, os versos do seu livro Fragmentos de Saudades nos conduzem ao sentir de uma poesia acontecida em cascata. Poesia com cheiro e textura de alma.

Izabel existe veementemente. Faz de sua vida um delírio poético. A poetisa poema a ebriedade dos acontecimentos, nos dando o prazer de embriagarmo-nos em seus porres verbais. Izabel sabe muito bem fazer dançar a sua vida e o valsar de suas palavras segue o ritmo envolvente de um bolero de Ravel. A poetisa não modela teses para explicar sua essência poética, ela evidencia, com a elegância de suas palavras, a polidez do seu percurso criativo.

Em um de seus poemas a escritora nos diz: “Uma carência perene se faz em mim, nas ruas em que mendigo um pouco de vida.” Nessas questões da alma, ela não nos ensina a experimentar a dor, mas a sabermos doer.

Um exemplo contundente de sua excelência poética está na confissão: “Eu queria mesmo era a tua biografia escrita em minha pele. Mas o que tenho são os teus rascunhos indecifráveis”. Izabel é dona de uma escrita pujante e límpida. O laconismo de alguns versos evidencia o seu modo sereno de sintetizar a existência. O seu existir é um eterno despir-se para as coisas belas da vida. Amante da natureza, ela reverencia com versos tenros o que lhe oferecem os lírios.

O livro traz em seu bojo a sensibilidade inerente ao espírito irrequieto e criativo da poetisa. Um livro profundo e marcante. Poesia viva, de doer na carne e deixar marcas de cicatrizes na alma. Poesia de vestes líricas, de transbordante ternura. Fragmentos de Saudades não é um livro, é um estado de espírito.

Alessandro Palmeira

Fragmentos de Saudades

Capa do livro Fragmentos de Saudades, de Izabel Goveia

A poeta, blogueira, escritora e colaboradora do Phallos Izabel Goveia lançou recentemente seu primeiro livro, Fragmentos de Saudades. Em comemoração, lançaremos nos próximos dias matérias sobre o mesmo e textos da autora.
O escritor Alessandro Palmeira prefaciou a obra.
O livro conta ainda com belas imagens de Edierque Santana, pintor e ilustrador, que dão ainda mais vida aos belos poemas.
O livro pode ser adquirido pelo saite Clube de Autores, no linque http://clubedeautores.com.br/book/10069--Fragmentos_de_Saudades

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sobre a Filosofia e outros diálogos

"Hoje de manhã me perguntaram se eu escrevia para a maioria ou para minoria, e eu respondi, como respondi tantas vezes, que se fosse Robinson Crusoé, em minha ilha deserta, eu continuaria escrevendo. Ou seja, eu não escrevo para ninguém, eu escrevo porque sinto uma íntima necessidade de fazê-lo. Isso não significa que eu aprove o que escrevo, posso não gostar, mas eu tenho que escrever aquilo naquele momento. Caso contrário, me sinto... injustificado e infeliz, sim, desventurado. Por outro lado, se escrevo, o que eu escrever pode não ter valor, mas enquanto escrevo me sinto justificado; penso: estou cumprindo com meu destino de escritor, sem considerar o que minha escrita possa valer.”
Borges, trecho do livro Sobre a filosofia e outros diálogos

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Trilogia de diálogos borgeanos

Capa do livro Sobre os sonhos e outros diálogos, de Borges e Osvaldo Ferrari
Jorge Luis Borges, um dos mais profícuos colaboradores deste blogue (continua produzindo mesmo depois de morto), tem publicados pela Editora Hedra em três volumes (Sobre os Sonhos e outros diálogos, Sobre a Filosofia e outros diálogos e Sobre a Amizade e outros diálogos), as conversas que teve com Osvaldo Ferrari, poeta, ensaísta e jornalista argentino, realizadas na biblioteca de Borges, transmitidas pelo Rádio Municipal de Buenos Aires e publicadas no jornal Tiempo Argentino depois das emissões.
Ao longo dos próximos dias aproveitaremos para publicar trechos dos diálogos.

"Se o fato de sonhar fosse uma espécie de criação dramática, então aconteceria que o sonho é o mais antigo dos gêneros literários, inclusive anterior à humanidade, porque, como lembra um poeta latino, os animais também sonham. E viria a ser um fato de índole dramática, como uma peça na qual somos o autor, e também o edifício, o teatro. Ou seja, à noite, todos somos, de alguma maneira, dramaturgos.”
Trecho de
Sobre os Sonhos e Outros Diálogos – Jorge Luis Borges e Osvaldo Ferrari

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dom Francisco ganha biografia por Alessandro Palmeira


O escritor Alessandro Palmeira, colaborador deste blogue, lança em Afogados da Ingazeira, no próximo sábado, 17/10/2009, o livro “Dom Francisco, o Profeta do Sertão”, uma “bio-bibliografia” do Bispo que foi líder espiritual dos católicos da diocese de Afogados da Ingazeira durante quarenta anos. Por ser de uma biografia, não se trata de um livro propriamente literário. O autor, porém, promete continuar sendo um estilista e malabarista da língua, construindo belas linhas para exaltar o bibliografado.
O lançamento ocorre no Cine São José, às dezessete horas.