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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Demasiado humano



Errar é humano. Esta frase nada mais é que mais um erro humano. Pois se errar é humano os animais não erram.

Contudo, talvez seja mais uma frase para se dizer de forma original que deuses nunca erram, ou uma desculpa para se errar à vontade e sermos demasiado humanos. Mas, como este Phallos é humano, tem também o direito de errar e desculpar-se dizendo que errar é humano. Vamos então a alguns erros nas matérias anteriores:

Na seção de artes plásticas o texto retirado da Pinacoteca CARAS contém dois erros: primeiramente, o Picasso nunca esteve nas senhoras de Avignon; dizem algumas bocas que elas morreram virgens, ou pelo menos assim morreram aquelas que tinham uma face que parecia talhada a machado (eram muito feias, mesmo ao olho meio cego do Phallos). Esclarecemos isto antes que se insinuem coisas contra a honra destas boas senhoras. Segundo: quando dissemos que o Picasso rompeu com o cabaço, nosso digitador errou, pois, ao rever o texto comprovamos que a pinacoteca caras não tinha este cabaço, tendo o Picasso apenas rompido com a tradição da proporção, ampliando o que já havia sido rompido. Considerando que não havia o cabaço na pinacoteca, fique desde já a pinacoteca descabaçada perante vossos olhos e perante o Phallos.

Esclarecemos ainda que Raul Seixas, embora louco, não era espírita e, portanto, não baixava nem o espírito da loucura nem o de Erasmo quando cantava.

Por último, Nádegas a Declarar não é nem uma crítica nem uma defesa ao sexo anal, homossexualismo e coisas do (trans)gênero. É apenas uma crítica à banalização do sexo, da cultura e do pensamento humano.

Josué Manfredine

Nádegas a declarar

Os caras de bunda ficam abismados com a ousadia do Phallos

Em um país onde a bunda é a preferência nacional, e como esta também é preferência do Phallos, não há melhor título para uma seção que busca resumir e transmitir as formas e o pensamento do “povo” (vulgo povão, maioria de pessoas de uma determinada sociedade. Entenda: um homem só é sábio, o povo em geral é burro, alienado ou preconceituoso, dependendo de seu líder atual. O homem não consegue pensar em comunismo, então pensa em socialismo, elegendo uma pessoa para ser seu cérebro) que só pensa em bunda. Mas há uma grande diferença entre pensar em bundas e pensar com a bunda, ou com o Phallos, fica ao gosto do cliente. Sabemos que mesmo as bundas mais literatas não são capazes de formular um pensamento ordenado e, assim sendo, não conseguem, ao ler um jornal, entender suas críticas jornalísticas, usando-o para sua higiene pessoal (no caso desses que pensam com a bunda, higiene mental). Resumindo, nada de bom sai da boca de quem pensa com a bunda (já que apenas as mais pervertidas bundas deixam entrar em si algum conhecimento que possa vir a ser usado para melhor formular seus futuros diálogos), então estes que assim procedem tornam-se exímios em falar merda (você sabe como são as bundas, sempre levantando a voz em lugares inconvenientes e apertados e deixando-nos encabulados, como por exemplo em elevadores); sem falar que essas pessoas usam seus pensamentos como assento, amassando sua genialidade com o peso do seu corpo. Pensar com a bunda é algo difícil (dos que pensam com o cérebro aguentarem), porém mais difícil é pensar com as nádegas; afinal, neste caso os problemas aumentam. Primeiro há a questão da capacidade (se de uma bunda já não sai nada que preste, imagine que se dirá de sua metade); depois, existem as divergências políticas, já que uma das nádegas é de direita e a outra de esquerda. Mas como a vida, assim como algumas cadeiras, é dura, as nádegas permanecem lado a lado pelo bem da coletividade; e, nos caminhos tortuosos da vida, para não dançar, elas rebolam como podem. O pior acontece quando uma nádega entra em decadência, ou a outra une-se a ela em sua vertiginosa queda (nada mais vertiginoso que uma bunda caída), ou tenta com todas as forças manter-se em pé diante das dificuldades, danificando assim o conjunto (já imaginou alguém com meia bunda caída?). No fim das contas, pensar com as nádegas torna-se um problema a ser estudado pelos anais da história, já que existe um vale separando as nádegas e neste um poço cheio de divergências morais, no qual é melhor não penetrarmos, evitando assim a liberação de alguma dor ou desejo oculto. Nada tenho contra as pessoas que pensam com a bunda; ao contrário, eu até gosto delas (das pessoas e das bundas femininas). Quero apenas que se deixe com cada parte do corpo a sua função específica; contudo, não posso ficar me metendo na bunda alheia sem a devida permissão. Que façam de suas bundas o que bem entenderem. Peço em último caso àqueles que usam sua bunda para pensar que não deixem que a fonte de suas idéias e ideais se esvazie: siliconem a sua fonte de pensamento, exercitem-na, mantenham-na sempre preparada para uma peleja; quem sabe um dia um dos fundadores deste periódico não discuta tópicos do Phallos com a sua bunda? (?!) Do resto, como diz o grande sábio e Pensador, Gabriel: “nádegas a declarar”.

Josué Manfredine