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terça-feira, 2 de março de 2010

Para ler e preencher espaços vazios


Os trovões ocultarão nossas palavras, nossas verdades, nossas risadas inumanas e divinas. Virão os raios iluminar-nos, pois não há nada a esconder; talvez apenas nossa disparidade e corpos nus. E se vão; então não sentiremos falta, a escuridão é nosso refúgio quando não somos deuses, o único lugar onde se tem companhia e não há olhar, na profunda escuridão do precipício.

Jean Wagner

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre a vida


Vivemos para amar
Vivemos para ler,
Vivemos para escrever, falar, criar
Vivemos para...
Deixa para lá, cada um mata o tempo de seu jeito.
Mas no fim, se vivemos, é para conjugar.

Jean Wagner

Roubai livros

Acima: foto de Liesel Meminger, uma menina que roubava livros. Abaixo, ladrão de livros pego em flagrante, furtando A evolução para Todos



Senhores, pseudo-indignado venho escrever-vos esse artigo, com minha má ortografia e péssima gramática. Sou amigo e admirador dos criadores desse blog, e também sou (obrigado pela minha consciência e intelecto sobrevivente às horas diárias de internet) contribuidor desse blog. Apenas hoje eu visitei esse blog do qual faço parte. Nele vi um artigo<http://phallosdemiurgo.blogspot.com/2009/09/flagrante.html> em que meu amigo Amâncio me acusa de roubar-lhe alguns livros, o que é uma mentira descarada, só peguei emprestado sem permissão ou data de devolução 3 livrinhos pequenos nesse dia em questão para ler no comercial da novela: Guerra e Paz de Tolstói, Ulisses de James Joyce e um desses romances comerciais de auto ajuda que ele recusa a aceitar de volta.
Hoje então decidi escrever esse pequeno texto para o blog. Acho que um livro não é algo que deva ser empilhado, um livro é um semeador dormente, deixai-os caminhar, semearem ideias pelo mundo, e outros livros virão. Por isso faço-vos então um apelo:
Roubai livros
Roubai-os das estantes empoeiradas, dos baús abarrotados, das gavetas úmidas
Roubai-os do autorismo, do autoritarismo, do consumismo
Roubai-os do esquecimento, da ignorância, da inquisição
Libertai-os

Libertai-vos.

Jean Wagner

sábado, 3 de outubro de 2009

Cruz


Ilustração: Moebius

"Ela atravessou a ponta dos seios com agulhas sagradas, em cruz, para oferecê-los à adoração de um beijo impossível."

Alexandre Jodorowsky

Penetrou na penumbra da sala
abrindo caminho entre as cortinas.
Com um expressivo olhar, ela o esperava.
Todo o seu branco corpo banhado
pela escuridão mefista do erotismo.

A pureza sentia todos os sentidos.
Desejava o toque secreto de seu corpo
e com suas mãos tocou-lhe a pele.
Suas mãos seguraram os seus seios.
Havia algo de belo e estranho neles.

Algo sagrado
Que sua alma não podia profanar.

Jean Wagner