quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Baixaria em alta


Do cruzamento de um Tigrão com uma porrada de Cachorras surgiu uma verdadeira salada de Frutas que deu origem ao domínio de uma anti-música machista, idiotizante e violenta, ótima para o enriquecimento lícito das grandes gravadoras e para aumentar a audiência das grandes emissoras, que estavam já se esquecendo de explorar da forma mais vil aqueles que confundem um phallos ereto com arroubo cultural e uma vagina molhada com acesso de inspiração (não que não seja inspirador, mas na intimidade de um ambiente saudável, com respeito às crianças e ao bem estar de todos).

Alguns já começam a me acusar de lixomaníaco. Posso dizer apenas que é justamente esta minha obrigação e o sentido do meu trabalho: resgatar os valores e a moral que foram atirados ao lixo e, ao mesmo tempo, lançar ao lixo esta anti-cultura massificada, este lixo cultural que ganha ares de luxo sob o aval das grandes gravadoras e das grandes emissoras de rádio, TV e internete.

Ais aqui uma simplificação das letras do novo Funk Globoalizado (se é que estas porcarias ridículas podem ser simplificadas):

1º O burro rincha: Eu vou comer você, espancá-la, usá-la como uma boneca inflável, gozar e jogá-la fora sem qualquer compromisso e respeito, e você não poderá dizer nada, a não ser que “um tapinha não dói.”

2º A cadela late: Eu vou ganhar dinheiro fácil vendendo o meu corpo pra algum Mané rico, e não importa se eu apanho ou se não tenho autonomia e inteligência, já que com minha bela bunda e minha xoxotinha vou viver bem o resto da minha vida.

Homens irracionais e mulheres sem autonomia, eis o público que consome este tipo de porcaria. Incitar crianças e adolescentes ao sexo sem amor ou responsabilidade, à aceitação dos valores de consumo impostos pelos conglomerados internacionais aos países em desenvolvimento (e proibidos para os jovens dos países desenvolvidos), seu objetivo. Mas a Globo só utilizará do seu falso moralismo depois que a Rainha dos Baixinhos (ou das Baixarias) e o cara do Domingão (de fato o domingo encomprida quando se assiste a esse programa) já tiverem aproveitado o máximo possível do público machista e aculturado que se volta para a televisão ávido por consumir essas baixarias em larga escala.

Ou até aparecer o próximo fenômeno sertanejo fabricado para vender e ser esquecido. Mas isso é uma outra história.

Socó Pombo

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