Capa do novo livro de Maria Esther Maciel, O livro dos nomes
A escritora mineira Maria Esther Maciel participa da mesa "Quem tem medo de mulheres escritoras?", ao lado de Luzilá Gonçalves e Nina Lemos, na VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. A autora de O livro de Zenóbia, que lançou há pouco O livro dos nomes, falou sobre a rotulação de literatura em masculina ou feminina: "Tenho tendência a desconfiar sempre de rótulos, por considerá-los arbitrários e redutores. "Literatura feminina" é um desses rótulos de duvidosa consistência, sustentado menos no substantivo literatura do que no adjetivo feminino. É claro que todo escritor ou escritora deixa no seu texto as marcas (explícitas ou implícitas) de sua experiência, de seu imaginário, de sua relação com o próprio corpo e com o mundo. isso pode justificar uma recorrência maior, nos textos de uma escritora, de temas e traços relacionados à sua experiência enquanto mulher; o que não significa que toda literatura feita por mulheres se confine necessariamente num registro específico, numa categoria pré-estabelecida. isso vale também para os homens. Lamento que esse rótulo ainda esteja tão vivo na literatura. Não se costuma falar de "música feminina", "teatro feminino", "arte feminina", "cinema feminino"...
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