A Cia de Eventos, responsável pela produção da Bienal internacional do livro de Pernambuco em sua sétima edição, divulgou os números da mesma, que o leitor pode conferir abaixo. É inegável a importância deste evento para Pernambuco e para os divulgadores e incentivadores do livro e da leitura. Alavanca os negócios editoriais e o surgimento de novos leitores. A cultura em geral sai vitoriosa, com maior inclusão de pessoas no mundo das ideias. Lógico é que não é esse o principal intuito dos empresários que investem no livro. Tal investimento ocorre porque se torna um bom negócio. Mas o livro sai vitorioso assim mesmo.
O Phallos não pode, porém, deixar de destacar os pontos negativos, que não ficaram nos números, mas na organização da bienal. O primeiro ponto a se destacar, e que já foi criticado desde o início pelos principais veículos de comunicação que fizeram a cobertura do evento foi o barulho. Os principais espaços para debates, apresentações, oficinas e lançamentos estavam cercados por estandes barulhentos, inclusive com espetáculos musicais ocorrendo ao mesmo tempo em que as principais palestras. A mistura dos estandes e a ausência de sinalização também dificultaram a vida dos visitantes, pois não se sabia onde encontrar editoras, livrarias ou bancas de revista. Com tudo misturado, fica difícil voltar o foco para seu gosto particular e a visita tem seu tempo estendido, sem a certeza de encontrar o que procura. Na primeira vez, é ótimo, pois se quer mesmo visitar tudo, ver aquele maravilhoso mundo de livros ao seu redor. A partir da segunda visita, porém, o foco é mais restrito e procurar por três horas pelo estande almejado cansa.
O ponto que mais destaco, contudo, é o fato de não se encontrarem os livros dos principais autores convidados, com exceção do homenageado Raimundo Carrero, que contava com um estande com todos os seus livros. Caminhei por todo o centro à procura da Trilogia suja de Havana, de Pedro Juan Gutiérrez, e não consegui encontrar em nenhuma livraria. Não tive melhor sorte com Federico Andahazi, e o próprio reclamou da falta de um display para apresentar seus livros. Não é apenas ouvir o autor que interessa ao leitor, mas principalmente ler sua obra. O acesso às obras dos escritores convidados, mesmo as ainda não traduzidas para o português, deve ser um ponto importante a se trabalhar para a próxima bienal.
O sucesso será ainda maior.
Bienal 2009
- 11 dias
- Mais de 600 mil pessoas
- R$ 30 milhões em negócios e serviços
- 1 milhão e 800 mil livros vendidos, a um custo médio de R$ 17 reais
- 10 mil livros arrecadados na campanha de doação de livros
- 270 atrações, entre palestras, debates, apresentações e oficinas
- 230 lançamentos
- 2.500 empregos formais e informais gerados
- 400 editoras
- 260 stands
Bienal 2007
- 10 dias (05 e 14 de outubro de 2007)
- 220 stands
- 120 palestras
- 200 lançamentos
- R$ 15 milhões em negócios e serviços
- 2.500 empregos indiretos
- 600 mil livros vendidos
- 550 mil pessoas
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