terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um toque de auto-ajuda, que ninguém é de ferro

Ilustração: Dante e Virgílio (poderiam bem ser Schopenhauer e Nietzsche observando o nosso mundo) observam os habitantes Inferno, por Gustave Doré

Acrescente-se a isso que em geral achamos as alegrias abaixo de nossa expectativa, ao passo que as dores a excedem grandemente.
A felicidade, portanto, está sempre no futuro ou no passado, e o presente é como uma pequena nuvem sombria que o vento impele sobre a planície cheia de sol; diante dela, atrás dela, tudo é luminoso; só ela projeta sempre uma sombra.
E assim como do ponto de vista físico o andar não é mais do que uma queda sempre evitada, da mesma maneira a vida do corpo é a morte sempre suspensa, uma morte adiada, a atividade do nosso espírito um tédio sempre combatido. (...) É preciso, enfim, que a morte triunfe, pois lhe pertencemos pelo próprio fato de nosso nascimento e ela não faz senão brincar com a presa antes de a devorar.
Schopenhauer

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