
Kazantzakis estudou com paixão e seguiu violentamente as mais diversas formas de pensamento, do budismo ao leninismo, admirando Stálin e Francisco de Assis, Buda e Nietzsche, Jesus e Lênin. Durante a década de 1930, Kazantzakis viajou por vários países da Europa, África e Ásia, como correspondente de imprensa. Tais viagens não objetivavam pontos turísticos e ambientes festivos. Podemos dizer que Kazantzakis era correspondente de guerra, pois retratava a crueza do espírito humano, a violência inerente a todas as etnias e a guerra travada diuturnamente no coração do homem, espelhada nos conflitos espalhados mundo afora. Escreveu muitos livros, incluindo poemas, reflexões filosóficas e comentários de viagens. Desta época podemos destacar o romance “Os irmãos inimigos”, cujo título original é "Os Fratricidas", que traça um perfil da crueldade das guerras civis, nas quais parentes e amigos concretos são separados e tornados adversários em nome de abstratos ideais.
Foi correspondente estrangeiro na Espanha, cobrindo a Guerra Civil Espanhola para um jornal grego. Em 1938, depois de longa gestação e várias re-escrituras, foi publicado seu poema épico "Odisséia" (Odíssa – 1938), uma obra em 33333 versos, uma continuação e atualização da "Odisséia" de Homero. Reapresentação poderosa do espírito grego em verso, como foi o seu Zorba, o Grego em prosa. Kazantzakis retira Odisseu do texto homérico logo após matar os pretendentes, coloca-o de volta ao mar e o faz percorrer um longo percurso: de Ítaca a Esparta, onde seqüestra Helena e vai até Creta. Depois de assistir à derrota impingida ao rei minóico por forças vindas da Grécia continental, embarca para o Egito à procura da fonte do rio Nilo. Chegando ao lago Vitória, constrói sua cidade ideal ou, como diz o narrador, a cidade de Deus. Quando a obra está completa, sobrevém um terremoto que a destrói completamente. Odisseu, já agora transformado em asceta, abandona a cidade destruída e se dirige ao sul do Egito à procura do mar. Aí chegando, constrói um barco para si e se lança de novo ao mar em busca de seu destino. Ao se aproximar da região polar, seu barco se choca contra um grande iceberg. O choque é tão violento que Odisseu é projetado contra o grande bloco de gelo, desaparecendo. Uma alegoria do espírito do homem, condenado a vagar eternamente em busca de sua obra, algo que o possa imortalizar. Infelizmente esta obra não possui tradução para o português.
Em 1939 foi convidado pelo Conselho Britânico para trabalhar em Londres, durante os primeiros meses da Segunda Guerra Mundial. Em 1940, Kazantzakis retornou à Grécia, onde viveu sob a ocupação alemã. Não por acaso a ocupação do seu país é tema inerente aos seus textos. Seus livros são verdadeiros retratos do espírito livre aprisionado pela violência. Suas palavras, aprisionadas pelo tema dor, ainda assim dançam. Símbolo de sua vida e de seus personagens, que dançam, mesmo aprisionados pela infertilidade de seu tempo ou pelas agruras da guerra.
Foi correspondente estrangeiro na Espanha, cobrindo a Guerra Civil Espanhola para um jornal grego. Em 1938, depois de longa gestação e várias re-escrituras, foi publicado seu poema épico "Odisséia" (Odíssa – 1938), uma obra em 33333 versos, uma continuação e atualização da "Odisséia" de Homero. Reapresentação poderosa do espírito grego em verso, como foi o seu Zorba, o Grego em prosa. Kazantzakis retira Odisseu do texto homérico logo após matar os pretendentes, coloca-o de volta ao mar e o faz percorrer um longo percurso: de Ítaca a Esparta, onde seqüestra Helena e vai até Creta. Depois de assistir à derrota impingida ao rei minóico por forças vindas da Grécia continental, embarca para o Egito à procura da fonte do rio Nilo. Chegando ao lago Vitória, constrói sua cidade ideal ou, como diz o narrador, a cidade de Deus. Quando a obra está completa, sobrevém um terremoto que a destrói completamente. Odisseu, já agora transformado em asceta, abandona a cidade destruída e se dirige ao sul do Egito à procura do mar. Aí chegando, constrói um barco para si e se lança de novo ao mar em busca de seu destino. Ao se aproximar da região polar, seu barco se choca contra um grande iceberg. O choque é tão violento que Odisseu é projetado contra o grande bloco de gelo, desaparecendo. Uma alegoria do espírito do homem, condenado a vagar eternamente em busca de sua obra, algo que o possa imortalizar. Infelizmente esta obra não possui tradução para o português.
Em 1939 foi convidado pelo Conselho Britânico para trabalhar em Londres, durante os primeiros meses da Segunda Guerra Mundial. Em 1940, Kazantzakis retornou à Grécia, onde viveu sob a ocupação alemã. Não por acaso a ocupação do seu país é tema inerente aos seus textos. Seus livros são verdadeiros retratos do espírito livre aprisionado pela violência. Suas palavras, aprisionadas pelo tema dor, ainda assim dançam. Símbolo de sua vida e de seus personagens, que dançam, mesmo aprisionados pela infertilidade de seu tempo ou pelas agruras da guerra.
Socó Pombo
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