
Um dia fugi de casa.
Como pássaro que vai embora por uma distração do seu dono e nunca mais volta à gaiola.
Joguei fora aquele brinco, cujo par eu perdera em uma noite que já não faz mais sentindo algum.
Também deixei que escapasse o cheiro envelhecido das pétalas mortas de amor perfeito que eu guardara dentro daquele livro predileto.
Acordei aqueles olhos inocentes que dormiam em um sonho fugitivo.
Abri as comportas e me deixei levar pela correnteza.
Do silêncio deixado jorrar, ouvi gritos contidos naquele velho sigilo trancado.
Fugindo, fui deixando pelo caminho as peças de roupas que não me serviam mais.
Percebi que era pouco o que tinha agora.
Parei, olhei tudo se dissipando e segui, levando apenas um bando de pensamentos.
Só isso.
Como pássaro que vai embora por uma distração do seu dono e nunca mais volta à gaiola.
Joguei fora aquele brinco, cujo par eu perdera em uma noite que já não faz mais sentindo algum.
Também deixei que escapasse o cheiro envelhecido das pétalas mortas de amor perfeito que eu guardara dentro daquele livro predileto.
Acordei aqueles olhos inocentes que dormiam em um sonho fugitivo.
Abri as comportas e me deixei levar pela correnteza.
Do silêncio deixado jorrar, ouvi gritos contidos naquele velho sigilo trancado.
Fugindo, fui deixando pelo caminho as peças de roupas que não me serviam mais.
Percebi que era pouco o que tinha agora.
Parei, olhei tudo se dissipando e segui, levando apenas um bando de pensamentos.
Só isso.
Izabel Goveia
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