segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Poemeio

Pintura: Oswaldo Guayasamín - O Grito II

Em sua solidão, o poeta chora o que não é chorado.
Em sua solidão, o poeta cria outras solidões
e passa a brincar com elas.

Em sua solidão, o poeta poema o que é silêncio.

Em sua brincadeira de verbalizar silêncios,
o poeta jardina o deserto de si.


Deserta de si qualquer lugar.

Alessandro Palmeira

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